quinta-feira, 11 de junho de 2009

E a cabeça, como fica?

Fica confusa, atrapalhada, constrangida.
O peão fica recluso, não quer sair de casa.
As muiés deixam de fazer suas atividades na rua, começam a fugir dos encontros com amigas, dão desculpas...
Você achou que seria diferente?
O risco de perda de urina ou fezes, lá no fundo, nos deixa extremamente vulneráveis.
É que isso nos remete à infância, tempo em que não tínhamos controle dos esfíncteres.
E que, quando acontecia uma dessas, a mamãe logo dizia:
- Xiiiiiiiiiiii, fez cocô, vou ter que limpar esse porquinho!!!
- Putz, xixi de novo, nenê???
E nenhum adulto gosta da idéia de voltar a esse tempo, nénão?
Por essa e por outras, as pessoas com incontinências acabam por isolar-se.
A sensação de rejeição e a alteração na auto-imagem costumam associar-se à depressão.
E uma grande dificuldade de tratar do assunto, completa o angu.
Ou você acha que é fácil sair falando por aí:
- Ah, perder fezes? Isso sempre acontece comigo, é super comum!!!
Óbvio que quando alguém souber disso, logo vai ficar cafungando do lado do cabra, prá ver se sente aquele cheirinho...
E qualquer pum que escape no ambiente... pronto, lá vai o coitado levar a fama.
Justamente por isso que as pessoas ficam quietinhas, em casa, mocozadas.
E a perda de urina?
Você acha legal ficar cheirando xixi na roupa?
Dar bandeira de mancha de urina na calça?
Ninguém acha, claro.
E assim os incontinentes se entocam, quietinhos.
Muitas famílias internam seus idosos em casas de repouso por causa das perdas de urina e/ou fezes.
E todo esse clima de confusão e perda de auto-estima torna muito difícil procurar ajuda e informação, para um tratamento adequado.
Será que agora conseguimos entender um tico a mais sobre o que passa na cabeça dessas pessoas?
Tomara que sim.
E torço para que cada um que ler esse texto lembre sempre que as incontinências podem acontecer com qualquer pessoa.
Por um motivo ou por outro, ninguém está livre desse risco.
Pois de agora em diante, falaremos das soluções que existem para esse problema.
Beijoconas e até mais,

9 comentários:

  1. Mais um post super corajoso e bem escrito. Porém, como vc mesma já escreveu, para tudo existe solução e meios para levar uma vida normal, mesmo exposto a certas situações. Com precaução, com tratamento, tudo se resolve. Acho importar deixar claro que se esconder diante desses entraves pode gerar novos entraves. Então, avalio que o melhor é encarar e tentar resolver da melhor forma possível! Beijos

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  2. Com certeza, meu querido.
    Mas vamos combinar que até chegar a esse ponto, tem muito o que ser feito por dentro, na alma do caboclo, né?
    Beijoconas gordas,

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  3. Oi Gisele, já tinha te visto lá no meu blog, mas é a primeira vez que venho te visitar. Legal esse tema, pq muita gente sofre disso, e não sabe como lidar. Inclusive a família.
    Vou ler tudo com mais calma aos poucos. Enquanto isso, vim te convidar pra ver nosso blog novamente, temos post novo.
    Bjo

    http://confradescanalhas.blogspot.com

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  4. Pois é, compadre Pingolim... eu trabalho sério mas adoro ler as suas canalhices por lá.
    Já fui de novo e adorei.
    Obrigada pela visita e volte sempre.
    Beijim,

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  5. Muito bom seu post... e o blog tbm... Muito interessante a forma que vc aborda esse assunto...
    Adorei... bjinhus!!!

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  6. Sou menina rsrsrs... Algumas pessoas me confundem rsrs to acostumada!!! Bj!!!

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  7. Sensacionais seus posts! Todos numa linguagem divertida e leve (e bem honesta, como neste post), onde todos podem compreender e identificar procedimentos, técnicas, erros e acertos, sem contar as dicas extras.

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